Ganesha simboliza a sabedoria, inteligência, amor, fertilidade e prosperidade. É o primeiro a ser invocado nas cerimônias para garantir o sucesso em qualquer empreendimento. Ele destrói todos os obstáculos materiais e espirituais. Os indianos dedicam à Ganesha o dia 9 de setembro para homenageá-lo (é feriado na Índia e as festividades duram uma semana)... veja "A História de Ganesha" postado no Blog em julho/2009

“O Yoga acredita em transformar o individual antes do universal.
Qualquer mudança que nós quisermos que aconteça fora de nós, deve primeiramente acontecer dentro de nós.
Se você caminha em paz e expressa esta paz em sua vida cotidiana, outros verão você e certamente aprenderão algo.”




sexta-feira, 30 de outubro de 2009

SHATKARMAS

AÇÕES DE PURIFICAÇÕES

SHATKARMAS são terapias tradicionais de limpeza usadas na índia. Elas asseguram a limpeza necessária ao bem estar, ao equilíbrio e à saúde.
O Povo Hindu se preocupa bastante com a higiene do corpo físico, especialmente os Yoginas
Um dos elementos mais usados nas limpezas é a água. Uma recomendação de exercício diário de limpeza é: Tome bastante água.
Existem muitos procedimentos de purificação no yoga e eles são agrupados em seis conjuntos. SHAT significa seis, KARMA significa ação. Os seis grupos são: Kapálabháti, trátaka, lauliki, neti (jala neti, dugdha neti, ghrita neti e sutra neti) dhauti e basti. Cada técnica trabalha sobre uma área definida do corpo, não apenas purificando-o por fora, mas principalmente por dentro.
O JALA NETI é uma purificação simples e pode ser realizada sem um acompanhamento especial. Para todas as outras técnicas é necessário um estágio avançado de prática e um acompanhamento especial de um Instrutor qualificado.
Para o trabalho com a energia vital, como acontece na prática de yoga, é necessário promover a desobstrução dos caminhos pelos quais esta energia percorre. E este é um dos objetivos do Shatkarma.
Existem dois importantes canais de energia no nosso corpo, situados em nossas narinas. São denominados NADI IDA (narina esquerda) e NADI PINGALA (narina direita). A energia vital entra pelas narinas através destes nadis e percorre todo o corpo através do canal central denominado SUSHUMNÁ situado ao longo da coluna.
Quando estes canais de energia estão purificados e equilibrados, o Prana (energia vital) é melhor distribuído e as vias respiratórias funcionam em total plenitude e harmonia.
O Neti é a atividade de purificação das mucosas nasais. Compreende o sútra neti, que se faz usando um cordão, o jala neti, que se faz com água, o dugdha neti, com leite e o ghrita neti, na qual usa-se ghee, manteiga clarificada.
É ótimo contra males dos seios frontais e nasais, como sinusite, enxaquecas, rinites, corizas ou resfriados e ainda favorece a saúde das regiões cerebral, cervical e escapular. Limpa as narinas, elimina o excesso de mucosidade acumulada nos seios nasais e frontais, estimula o ájña chakra e desenvolve a clarividência.
È Excelente para refrescar o cérebro, aliviar ansiedade, raiva, depressão e remover sonolência.
O JALA NETI é muito importante para os praticantes de yoga que desejam refinar sua respiração. A respiração correta garante uma prática de Yoga mais concentrada, boa saúde e longevidade. Mas vale lembrar que para alcançar o objetivo desejado é preciso disciplina e prática constante.
Para fazer o neti necessita-se de um pequeno bule de cerâmica próprio, chamado LOTA
A água utilizada deve ser mineral, morna e salgada na proporção de uma colher de sobremesa de sal (de preferência sal marinho) para um litro de água. Se a água estiver pouco ou demasiado salgada, poderá sentir uma leve dor na altura dos seios frontais e ardência na mucosa nasal. O Soro fisiológico morno também poderá ser utilizado. Caso queira tonificar os vasos sangüíneos desta área, utilize água fria. Isto melhora a circulação e evita hemorragias nasais.

Descrição da técnica :

Fique em pé, com o tronco ligeiramente inclinado para frente e incline a cabeça para o lado direito. Coloque o bico do lota na narina esquerda e incline-o, permitindo que a água entre por essa fossa e saia pela outra. A passagem da água deve ser natural e sem esforço. Isto vai depender da inclinação da cabeça. Mantenha a boca entreaberta e respire por ela. Havendo esvaziado o recipiente, deixe o tronco na mesma posição e o rosto agora voltado para baixo até que saia o excesso de água e enxugue as narinas. Em seguida, observando as mesmas instruções, faça fluir a água da fossa nasal esquerda para a direita. Após terminada as duas narinas, execute kapálabháti (expirações fortes e rápidas como se estivesse assoando o nariz) a fim de extrair o restante da água e secar as narinas por completo.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

SANKALPA

Buscar uma vida melhor em toda sua plenitude requer consciência e equilíbrio. O Yoga proporciona precioso auxilio nesta busca.
Âsanas, pranayamas, Shatkarma, mudrás, mantras, yoganidra e Sankalpa são apenas algumas técnicas do Yoga que proporcionam uma vida com mais qualidade e consciência.
Patanjali (codificador do Yoga Clássico) no capítulo II, 33 do Yoga Sutra, convida o praticante para uma reflexão e uma escolha consciente dos seus pensamentos, atitudes e ações. Em outras palavras, para viver uma vida plena e melhor, basta viver o momento presente cuidando para que nossas ações gerem samskaras positivos.
Os Samskaras são as impressões deixadas no subconsciente da mente baseadas em memórias ou desejos advindos de ações passadas. Os samskaras ficam armazenados no subconsciente aguardando a condição apropriada para se manifestarem. Para Patañjali, portanto, os samskaras são as sementes dos pensamentos e emoções que, uma vez “maduros”, irão produzir novos pensamentos, desejos e vontades, mantendo em funcionamento a roda do samsara, aprisionando e condicionando o ser humano.
Os Samskaras podem ser positivos ou negativos. Para substituirmos os samskaras negativos devemos desenvolver qualidades opostas à indesejável. Isto é, se queremos eliminar sentimentos de medo e tristeza, devemos cultivar samskaras que gerem coragem e alegria.
Uma ótima ferramenta para formarmos samskaras positivos e substituirmos os negativos é o SANKALPA.
Sankalpa significa resolução interior, propósito, objetivo. É aquilo que se pretende fazer ou conseguir, é uma intenção dirigida para aquilo que queremos.
O Sankalpa potencializa aspectos positivos da personalidade em nível subconsciente. Fortalece a estrutura da mente facilitando a realização de nossos objetivos porque ativa as qualidades positivas que existem dentro de nós e que estão bloqueadas no subconsciente.
Para utilizar a técnica de Sankalpa, é preciso fazer uma auto-análise para identificar a principal carência do nosso ser e evocar aquilo que queremos verdadeiramente melhorar.
A Frase escolhida para a prática do sankalpa deve ser curta, concisa, clara e carregada de significação. Devem ser poucas palavras e sempre as mesmas para fixá-las no pensamento. A frase deve ser positiva e conjugada sempre no presente porque a mente subconsciente só entende o presente. O Sankalpa nunca deve ser verbalizado. A prática de cada sankalpa tem duração de dez a quinze sessões sucessivas de meditação ou de yoganidra.
Sankalpa está relacionado com a força de vontade e a estabilidade emocional por isso a realização de âsanas que envolve a região do plexo solar (abdominal) favorece a sustentação para a firmeza do sankalpa.
Alguns exemplos de sankalpa:
“confio em mim”; “harmonia fí­sica e mental”; “sou feliz e saudável”; “Minha mente é concentrada”; “meu corpo é flexível”...
Seja qual for o sankalpa escolhido para o momento, repita-o com vontade, fé, sentimento pleno e consciência. A disciplina e a entrega verdadeira na execução desta técnica farão com que os resultados apareçam tão logo a prática seja iniciada.

BOAS PRÁTICAS!
Andreza Plais

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Santosha, o sorriso do coração

Texto de Rosana Biondillo

Em linhas gerais, quando falamos em Yoga, santosha é considerado um dos cinco niyamas, que compõem uma das etapas do sistema delineado por Patañjali - o Ashtanga Yoga. Sua tradução mais comum é contentamento - palavra que eu, particularmente, acho maravilhosa! Aliás, acho ambas maravilhosas: s-a-n-t-o-s-h-a (do original sânscrito) e c-o-n-t-e-n-t-a-m-e-n-t-o. Experimente falar devagar e pausadamente, sentindo atentamente cada letra, cada sílaba e cada som, que você vai saber o que quero dizer. Mas é claro que essas palavras não são magníficas apenas por sua pronúncia ou tradução, ou por suas qualidades estéticas, mas muito mais por seu significado implícito, pelo alcance incalculável que a percepção e a experiência concreta desse significado podem fazer despertar.
Quando se refere à prática de santosha como requisito ao discipulado no Yoga, Patañjali nos orienta em duas direções essenciais: a busca da realidade tal qual ela é e sua conseqüente aceitação para que a legítima transformação possa ocorrer. Para Patañjali, contentamento não significa passividade, concordância inquestionável ou permissividade. É muito mais uma sensibilidade para ver as coisas como são e não apenas como aparentemente se mostram ser ou, o que pode ser ainda mais dramático, vê-las de maneira distorcida sob a ação de fortes ressentimentos e conflitos interiores, fazendo com que haja uma veemente negação dessa realidade. Afastar-se da realidade, ou simplesmente não aceitá-la, não muda a natureza dos acontecimentos em si, mas apenas gera dependência, ilusões e decepções pessoais e sociais de proporções por vezes gigantescas.Ao falar em contentamento, a proposta original de Patañjali está intimamente ligada à superação das decisões e dos julgamentos baseados apenas na utilização de nossos cinco sentidos - audição, visão, olfato, paladar e tato -, que podem ser contraditórios e distorcidos, pois dependem fortemente de fatores e mecanismos externos para a realização plena de suas funções. Enxergamos o mundo com os olhos, ouvimos seus sons com os ouvidos e cheiramos seus aromas com o nariz, mas isso não significa que todos vejamos as mesmas coisas, ouçamos os mesmos sons e cheiremos os mesmos cheiros.

Aos fatores externos, Patañjali já sabia que a natureza interna de cada ser a esses se somava, que as experiências individuais são determinantes nas interpretações da realidade e que bem lá no fundo, só vemos o que podemos e queremos ver, só sentimos as fragrâncias que podemos e queremos sentir e só ouvimos o que podemos e queremos ouvir. Em resumo: só fazemos o que estamos equipados para fazer e só aceitamos o que podemos e queremos aceitar, mesmo que a custa de muita dor e sofrimento.
Para que mudanças possam ocorrer, devemos nos estabelecer no momento presente (muito mais o presente psicológico e não somente o cronológico), nem no passado e nem no futuro, e vivenciarmos sua totalidade. Mas que tipo de vivência, que tipo de existência, devemos buscar? Segundo Patañjali, uma que não apresente motivos para repetição do passado e nem para

antecipação do futuro, que seja um estado de viver no presente, que não seja nem imediatista e nem oportunista, que não alimente expectativas de resultados rápidos e fortuitos e que não dê a falsa idéia de que o esforço e a disciplina constantes são itens descartáveis. Para Patañjali, sem dúvida o esforço é primordial, mas também não deve ser apenas obrigatório, pois pode tornar-se pesaroso e desinteressante. Para ele, o esforço deve ter uma qualidade de disposição, de alegria, de bem-estar; deve ter um elemento de paixão, de energia, de constante, e, de preferência ininterrupto, c-o-n-t-e-n-t-a-m-e-n-t-o.

O sorriso do coração


Patañjali nos fala da importância dos hábitos e dos condicionamentos como cadeias reativas de comportamento. Para ele, nos comportamos de determinadas maneiras padronizadas devido aos hábitos fortemente enraizados tanto na fisiologia como no psiquismo humanos. Não pensamos antes de reagir porque parece que tudo sempre acontece muito rápido e também porque já estamos programados para agir de determinadas maneiras em determinadas situações, de forma meio inconsciente. Quem dirige em grandes cidades como São Paulo, por exemplo, sabe bem do que estou falando! É por isso que mudar determinados comportamentos e atitudes é tão difícil. Mas certamente não é impossível.
Para que as legítimas mudanças possam ocorrer, temos que procurar não apenas reagir às situações, mas implementar novos modelos de ação consciente. Ao invés de simplesmente esboçar uma reação automatizada em uma determinada situação, você pode propor uma nova ação - mais centrada, menos imediata e muito mais consciente. Ações conscientes não são meras e mesquinhas reações, embora não sejam nada fáceis de se realizar. Mas a dedicação e a intenção são fundamentais. É continuar firme no propósito apesar dos pesares. É colocar em prática os atributos de santosha, que não dependem de fatores e nem de situações externas para se manifestarem.
A sensação gostosa e tranqüila que vem de dentro, sem explicações, que parece nascer do nada, sem motivo aparente e sem razão de ser é puro contentamento. Aliás, não há razão para santosha, pois ele brota na alma e expressa o sorriso de um coração feliz. Quando seu coração sorri, isso é contentamento: é a alegria pela alegria, é a satisfação pela satisfação, é a emoção pela emoção, é a paz pela paz, é o ser pelo ser.Quando você se sentir contente e centrado no momento presente, apesar dos mensalões e furacões que avassalam nossa realidade mais imediata, quando seus lábios expressarem um leve e iluminado sorriso, e quando seus olhos brilharem apenas por brilhar, você estará em santosha - um estado onde não se fala com a voz da razão mas com a do coração, onde não se enxerga com os olhos do corpo mas com os da alma.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

GUIA POSTURAL

USTRASANA

Como fazer:
Ajoelhado, coloque as mãos nas costas acima da pélvis, com os dedos apontando para baixo e os cotovelos se comprimindo um em direção ao outro. Relaxe os ombros para baixo e empurre-os para trás. Mantenha o peito para cima até que o corpo comece naturalmente a arquear para trás. Tente encostar as mãos na sola dos calcanhares.
Permaneça na postura por 1 minuto.

Benefícios:
Aumenta a flexibilidade da coluna, abre a caixa torácica melhorando ombros caídos e cifose. Melhora dor nas costas, reforça articulações da bacia e do cóccix. Alonga a musculatura abdominal, alivia problemas de prisão de ventre. Fortalece glúteos, coxas e abdômen Estimula a tireóide, rins e glândulas supra renais

Precauções:
Contra-indicado em casos de problemas na coluna, lordose acentuada, artrose, problemas graves no coração e hérnias já adiantadas.

AOS MESTRES

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